Neste artigo, faremos uma análise da noção socrática de technê, que se desdobra em dois sentidos: uma sabedoria instável, humana e crítica (uma sophia de Dédalo), e uma sabedoria estável, divina e ideal. Ambas seguem o critério racional, o que implica uma concepção da alma segundo a qual as motivações são estritamente racionais.

Apresentação e tradução da Diatribe 1.1 de Epicteto.

Resenha de Quinália, R. O Belo em Platão.

Review of Quinália, R. _O Belo em Platão_.

Kai Whiting, Aldo Dinucci, Edward Simpson, and Leonidas Konstantakos ABSTRACT: In Stoic theology, the universe constitutes a living organism. Humankind has often had a detrimental impact on planetary health. We propose that the Stoic call to live according to Nature, where God and Nature are one and the same, provides a philosophical basis for re-addressing ….

Caros leitores,Chegamos ao nosso número 28 e iniciamos o processo de internacionalização da revista. Neste primeiro momento, colocamos nosso título em grego e alguns detalhes em inglês. Progressivamente vamos tornar a revista internacional, em um processo a se realizar por volta de 2020, embora reservando uma sessão para artigos em língua lusófona.Na presente edição, apresentamos na capa foto de um fragmento dos Anais Reais da Quinta Dinastia Egípcia, em diorito, que se encontra hoje no Petrie Museum of Egyptian Archaeology, em (...) Londres.Convidamos os leitores para a nossa seleção de artigos, em nossa terceira edição do ano.Boas pesquisas a todos,Aldo Dinucci (Editor Responsável). (shrink)

We begin with an analysis of the persuasiveness of assertibles and arguments in the texts and fragments of Ancient Stoicism, with a particular focus on those in which Stoic logic is presented as the tool to avoid the persuasiveness of sophisms and the Stoic sage as the one who can efface this persuasiveness by his expertise in dialectics. We then critically assess the contemporary consensus on the interpretation of these texts (notably in Chiaradona, Sedley and Tieleman), according to which Chrysippus (...) is interested in extra-logical forms of discourse. Tieleman further argues that Chrysippus uses persuasive premises for constructive purposes. We reject the thesis concerning Chrysippus' recognition of extra-logical truths, on the basis of the Stoic ideal of the sage, concluding instead that in Stoicism, (1) pithanon refers primarily to false assertibles, arguments and presentations and (2) the Stoic sage cannot be persuaded, but he can persuade his students in order to prepare their souls to receive the Stoic doctrines. (shrink)

Na primeira parte, fazemos um levantamento das ocorrências de pithanon (‘persuasivo’) e termos afins em textos e fragmentos do estoicismo antigo referentes à persuasão de asseríveis e argumentos e em textos e fragmentos em que a lógica estoica se apresenta como ferramenta para evitar a persuasão dos sofismas e o sábio estoico como aquele que capaz de vencer essa persuasão por sua perícia em dialética. Feito isso, consideramos criticamente as teses de Chiaradona, Sedley e Tieleman, para quem Crisipo está interessado (...) em formas extralógicas de discurso. Avaliaremos também a tese de Tieleman segundo a qual Crisipo usa premissas persuasivas para fins construtivos. Em nossas conclusões, descartamos a tese sobre o reconhecimento de verdades extralógicas por Crisipo com base no ideal do sábio estoico. Concluímos que, no estoicismo, (1) pithanon refere-se principalmente a falsas afirmações, argumentos e representações e (2) que o sábio estoico não pode ser persuadido, mas pode persuadir seus ouvintes a fim de preparar suas almas para receber as doutrinas estoicas. (shrink)

A PROMETHEUS chega em seu quadragésimo número, trazendo um dossiê GT Epicteto e alguns artigos sobre a Semana de 22, além de artigos de fluxo contínuo. Em funcionamento desde 2008, nossa revista chega ao estrato A4, alcançando um nível de excelência e reconhecimento que lhe é devido. Agradecemos a todos os editores e revisores que têm se dedicado à revista, sem os quais o periódico não teria se alçado a essa posição de destaque. A capa é de George Felipe. Os (...) Editores da PROMETHEUS. (shrink)

No presente artigo falo sobre a concepção do sábio estoico como simultaneamente corajoso e desprovido de ira. Para tal irei perfazer o seguinte percurso: falarei sobre estoicismo, individualidade e multiculturalismo; sobre porque os estoicos buscam compreender e não Julgar; sobre as crenças arraigadas; sobre a coragem ao invés da Ira no ideal do sábio estoico; sobre o caráter sempre imperfeito da humanidade. Após isso, exemplificaremos o que foi dito com o exemplo de Musônio Rufo ao tentar deter, pacificamente, as tropas (...) de Marco Antônio Primo que estavam prestes a invadir Roma no final do ano de 169. PALAVRAS-CHAVE: Musônio Rufo; Estoicismo; Coragem; Ira; Filosofia; Epicteto, Diatribes, Manual de Epicteto; Tácito, Histórias; Darcy Ribeiro; Resistência Pacífica; Pacifismo; Sêneca, Sobre a Ira. (shrink)

Caros pesquisadores, segue nosso número 27, com artigos de fluxo contínuo e mais um dossiê estoicismo com os textos referentes ao segundo colóquio Epicteto, que se realizou em 2017 na cidade de Niterói, no campus da UFF. Neste dossiê temos onze artigos, muitos dos quais de pesquisadores que consagram seus esforços à compreensão do pensamento do velho de Hierápolis. Após o dossiê, temos os artigos de fluxo contínuo. A edição se encerra com uma tradução. Boa leitura a todos. Os editores.

In this paper we will focus on the following points in Epictetus. First, we will concentrate our attention on the celebrated distinction between things up to us and things not up to us. Second, we will survey the distinction between the material and its use. According to this distinction, all external things are not up to us and consequently have no intrinsic value, although, as materials for the capacity of choice, their use has value, since humans can use things well (...) or badly. Third, we will demonstrate that the use of the materials corresponds to the use of presentations. Finally, we will present the three topics of Epictetus’ philosophy: the topic relative to desire, the topic relative to impulse and the topic relative to assent, being the first concerned with judgments about things and our desires; the second, about impulses and adequate actions; and the third, about assent and persuasiveness of presentations. The knowledge contained in these three topics constitute, for Epictetus, what we should know to make good use of presentations and, consequently, to achieve the human good, which is a capacity of choice according to nature that has at its disposal a comprehensive set of correct opinions about reality. (shrink)

Apresentação e Tradução do Encheirídion de Epicteto.

Translation from classic greek of Gorgias Leontini´s Treatise of Not-Being.Tradução a partir do grego clássico do Tratado do Não-Ser, de Górgias de Leontinos.

Apresentaremos a concepção estoica sobre o medo para, a seguir, vermos seus desdobramentos na filosofia de Epicteto, mostrando que um dos fármacos estoicos contra o medo consiste em reavaliar as coisas indiferentes (que Epicteto reúne sob o título de coisas que não estão sob nosso encargo (ouk eph'hemin) de modo a lidar com elas não com medo (phobos), mas com cuidado (eulabeia), que, como uma espécie de eupatheia (boa emoção) é a contrapartida racional do medo.

Tradução a partir do grego clássico do Tratado do Não-Ser, de Górgias de Leontinos.

RESUMO: Tradução dos passos 2.7.5A- 2.7.5B da Epitome de Etica Estoica, do filósofo estoico e doxógrafo alexandrino Ário Dídimo. Não há traduções em língua moderna das obras completas de Ário Dídimo. Assim, para esta tradução, usamos a fixação da exposição sobre a ética estoica presente em Estobeu, realizada por Pomeroy. A seção que traduzimos versa sobre o conceito estoico de excelência, explicando o que ela é, quais as virtudes que dela participam, e como. Por antítese, Ário Dídimo também elucida o (...) conceito estoico de vício, o que ele é e qual a sua taxonomia. ABSTRACT: Translation of 2.7.5A- 2.7.5B of the Epitome of Stoic Ethics by the Stoic philosopher and Alexandrian doxographer Arius Didymus. There are no translations of Arius Didymus' complete works into modern languages. Thus for this translation we utilized Pomeroy's fixation of the exposition of Stoic ethics found in Stobaeus' Florilegium. Parts 2.7.5A- 2.7.5B deal with the Stoic concept of excellence, explaining what excellence is, what virtues participate in it, and how. Arius Didymus also explains the Stoic concept of vice, what it is, and its taxonomy. (shrink)

This paper explores sustainable fashion choices from a Stoic philosophical perspective. Ancient Stoic teachings can help us reexamine our relationship with clothes in the 21st century and provide direction for the considerable number of people that are influenced by contemporary Stoicism. Stoicism provides a clear justification for sustainable living, given its call to live in harmony with Nature. Given the environmental facts, contemporary Stoics would do well to reduce the size of their wardrobe to what is necessary and functional. They (...) should mindfully select clothing made of organic natural fibers, which are of sufficient quality as to reduce wasteful practices. (shrink)

RESENHA: Encheiridion de Epicteto. Epicteto de Hierápolis. Introdução, Tradução e Comentários: Aldo Dinucci; Alfredo Julien. Coimbra: Imprensa de Coimbra, 2014.

In situations where we ignore everything but the space of possibilities, we ought to suspend judgment—that is, remain agnostic—about which of these possibilities is the case. This means that we cannot sum our degrees of belief in different possibilities, something that has been formalized as an axiom of non-additivity. Consistent with this way of representing our ignorance, I defend a doxastic norm that recommends that we should nevertheless follow a certain additivity of possibilities: even if we cannot sum degrees of (...) belief in different possibilities, we should be more confident in larger groups of possibilities. It is thus shown that, in the type of situation considered (in so-called ‘classical ignorance’, i.e. “behind a thin veil of ignorance”), it is epistemically rational for advocates of suspending judgment to endorse this comparative confidence; while on the other hand it is shown that, even in classical ignorance, no stronger belief—such as a precise uniform probability distribution—is warranted. (shrink)

Filosofias africanas é uma viagem ao pensamento africano pelos ganhadores do Prêmio Jabuti – Livro do ano. Num sentido amplo, o termo “filosofia” designa a busca do conhecimento iniciado quando os seres humanos começaram a tentar compreender o mundo por meio da razão. O termo pode também definir o conjunto de concepções, práticas ou teóricas, acerca da existência, dos seres, do ser humano e do papel de cada um no Universo. Na prática acadêmica, é usado para designar o “conjunto de (...) concepções metafísicas (gerais e abstratas) sobre o mundo”. A grande crítica que se faz às tentativas de caracterizar o pensamento tradicional africano como filosofia é a de que, na África, os nativos, defrontados com a grande incógnita que é o Universo, seriam incapazes de ir além do temor e da reverência, próprios das mentes ditas “primitivas”. A partir daí, o chamado “racismo científico”, um dos pilares do colonialismo no século XIX – desqualificando as fontes do saber africano conhecidas desde a Antiguidade –, negou a possibilidade de os africanos produzirem filosofia. Então, o reconhecimento como filósofos, no sentido estrito do termo, de pensadores nascidos na África e de uma linha filosófica deles originada só ocorreu a partir do século XX. Filosofias africanas trata tanto dos saberes ancestrais africanos, sua essência preservada nos provérbios, na diversidade multicultural e nos ensinamentos passados durante gerações por meio da oralidade, quanto da contribuição de filósofos africanos e afrodescendentes contemporâneos na atualização desses saberes, muitos dos quais pautados no decolonialismo. Nei Lopes e Luiz Antonio Simas, de maneira didática, mais uma vez escreveram uma obra que evidencia a complexidade, sofisticação e profundidade do pensamento africano e das perspectivas de mundo que sua filosofia provoca. (shrink)

In this chapter, Filipa Melo Lopes looks at incel violence, and argues that the two most common feminist analyses of their actions—their objectification of women or their sense of entitlement to women’s attention—are insufficient. They fail to account for incels’ distinctive ambivalence towards women, namely their oscillation between obsessive desire and violent hatred. Melo Lopes proposes instead that what incels want is a Beauvoirian ‘Other’—discussed by Beauvoir in her chapter on myths in terms of the ‘Eternal Feminine’. For (...) Beauvoir, when men conceive of women as Others, they function as sui generis entities through which men can experience themselves as praiseworthy heroes, but also risk the denial of their so-called exceptionality. Melo Lopes then goes on to give an illustrative analysis of Elliot Rodger’s autobiographical manifesto, My Twisted World, showing how Beauvoir’s analysis of the myth of woman sheds light on Rodger’s racist and classist attitudes and gives us a better understanding of his ambivalence towards women. Beauvoir, according to Melo Lopes, therefore constitutes a powerful and overlooked theoretical alternative to accounts centered on objectification and entitlement. (shrink)

In recent years, online “involuntary celibate” or “incel” communities have been linked to various deadly attacks targeting women. Why do these men react to romantic rejection with not just disappointment, but murderous rage? Feminists have claimed this is because incels desire women as objects or, alternatively, because they feel entitled to women’s attention. I argue that both of these explanatory models are insufficient. They fail to account for incels’ distinctive ambivalence toward women—for their oscillation between obsessive desire and violent hatred. (...) I propose instead that what incels want is a Beauvoirian “Other.” For Beauvoir, when men conceive of women as Others, they represent them as simultaneously human subjects and embodiments of the natural world. Women function then as sui generis entities through which men can experience themselves as praiseworthy heroes, regardless of the quality of their actions. I go on to give an illustrative analysis of Elliot Rodger’s autobiographical manifesto, “My Twisted World.” I show how this Beauvoirian model sheds light on Rodger’s racist and classist attitudes and gives us a better understanding of his ambivalence toward women. It therefore constitutes a powerful and overlooked theoretical alternative to accounts centered on objectification and entitlement. (shrink)

One of the key insights of Simone de Beauvoir’s The Second Sex is the idea that gender-based subordination is not just something done to women, but also something women do to themselves. This raises a question about ethical responsibility: if women are complicit, or actively implicated in their own oppression, are they at fault? Recent Beauvoir scholarship remains divided on this point. Here, I argue that Beauvoir did, in fact, ethically criticize many women for their complicity, as a sign of (...) what she called “bad faith”. I challenge recent accounts by Nancy Bauer and Manon Garcia, who both read Beauvoir as exonerating complicit women. According to this reading, women emerge as human “freedoms” within a social world where a “destiny” of inferiority is already prepared for them. Their self-subordination is then an inevitable product of acting in a patriarchal world. I argue, however, that this interpretation generates a crucial tension, leading Bauer and Garcia to call on women to stop being complicit, while also claiming they cannot avoid complicity. I propose instead a different interpretation, on which feminine complicity is often fueled by criticizable ethical attitudes that are far from inevitable. By revisiting Beauvoir’s notion of “bad faith”, I show that this account is compatible with recognizing the limitations imposed on women’s agency and I show that this feminist ethical criticism is itself an important part of a collective project of social transformation. (shrink)

De uma perspectiva comportamentalista radical, o eu é um repertório verbal complexo, que, como tal, tem uma gênese social. O reconhecimento da origem social do “eu” abre caminho para uma análise política, incluindo uma discussão do pa- pel das relações de poder na constituição do eu. Entretanto, uma concepção radicalmente social do “eu”, como a proposta pelo comportamentalismo, suscita um problema político: se o eu é integralmente produto do ambiente social, de onde viria uma eventual “vontade” de romper com esse (...) sistema? Parece que para reconhecer a possibilidade de ação política transformadora seria preciso preservar uma noção descontextualizada de “eu”. Considerando essa dificuldade, o objetivo deste artigo é propor uma interpretação política da constituição do “eu” no âmbito do comportamentalismo radical, mantendo no horizonte a possibilidade de uma ação política transformadora. Para tanto, destacamos como “eus” oprimidos são tornados submissos, mas também como de certas contingências podem emergir “eus” subversivos, que se opõem a um sistema social opressivo. Esse “eu” subversivo é caracterizado por um repertório de autoconhecimento mais amplo, que inclui a discriminação do papel das relações de poder e do controle promovido por instituições. Concluímos, com isso, que um “eu” socialmente constituído pode ser politicamente ativo. (shrink)

Bernard Bolzano’s (1781–1848) writings in aesthetics are clear, concise, and explicit about method. Provocative and revisionary, they champion broad views of beauty, the arts, and their social function. Dominic McIver Lopes's introductory materials place Bolzano's essays in context, give them a new interpretation, and map out how to teach them, in full or in part, in a variety of courses.

Nietzsche mobiliza recursos retóricos de natureza heterogênea em sua obra, que podem ser distribuídos em pelo menos quatro grandes rubricas: elementos que (1) incidem sobre a materialidade sonora e rítmica da linguagem (dimensão expressiva associada à prova ética); (2) orientam a adoção de um conjunto de estratégias argumentativas que variam conforme as necessidades filosóficas do momento (dimensão argumentativa ou dialética); (3) dizem respeito a escolhas relativas à forma de apresentação dos argumentos, ou à sua inserção no interior de diferentes gêneros (...) literários (aqui vale a tese do pluralismo defendida por Nehamas, pois Nietzsche explora as potencialidades de diferentes formas de apresentação para as suas ideias, sendo a principal delas um gênero híbrido que incorpora elementos do aforismo e do ensaio); finalmente, (4) retomam aspectos relativos à invenção (dimensão heurística do paradigma indiciário, com a valorização da inferência abdutiva). Neste artigo pretendo mostrar, através de uma caracterização sumária da prática discursiva de Nietzsche, assim como de uma rápida retomada de sua tematização da retórica, como essas diversas dimensões (expressiva, inventiva, argumentativa e expositiva) se integram em seu projeto filosófico, tornando-se uma parte constitutiva do mesmo. Essa leitura se contrapõe a uma tradição que nega relevância filosófica à dimensão retórica da obra de Nietzsche, relegando-a a uma suposta dimensão exotérica de seus escritos. Há formas implícitas e explícitas pelas quais um intérprete pode chegar a esse resultado. Dentre as formas implícitas de contornar o desafio retórico posto pela filosofia de Nietzsche, a mais célebre é a de Heidegger. Ela se funda em sua decisão filologicamente controversa, no limite indefensável, de conferir primazia aos póstumos em detrimento dos livros publicados pelo filósofo, que deveriam, segundo ele, ser tomados como fachada. Paul de Man representa a forma explícita dessa recusa, mas com resultados curiosamente próximos aos de Heidegger, ainda que movido por intenções filosóficas distintas. No presente ensaio recuso ambas as estratégias de evasão e procuro mostrar que os diversos aspectos retóricos presentes na obra de Nietzsche se integram de forma relativamente harmônica ao seu projeto filosófico de cunho perfeccionista. (shrink)

Jewish Law as Rebellion is unconventional and controversial in its approach to the world of Jewish Law and its response to religious crises. The book delves into the contemporary application and development of halacha and pointedly protests many accepted methods and ideals, offering new solutions to existing halachic dilemmas. Rabbi Cardozo discusses hot topics such as same-sex marriage, conversion, and religion in the State of Israel and presents a critical analysis and explanation of the application of halacha.

Vector spaces over fields are pseudofinite, and this remains true for vector spaces over division rings that are finite-dimensional over their center. We also construct a division ring such that the nontrivial vector spaces over it are not pseudofinite, using Richard Thompson's group F. The idea behind the construction comes from a first-order axiomatization of the class of division rings all whose nontrivial vector spaces are pseudofinite.

It is not uncommon in the history of science and philosophy to encounter crucial experiments or crucial objections the truth-value of which we are ignorant, that is, about which we suspend judgment. Should we ignore such objections? Contrary to widespread practice, I show that in and only in some circumstances they should not be ignored, for the epistemically rational doxastic attitude is to suspend judgment also about the hypothesis that the objection targets. In other words, suspension of judgment “propagates” from (...) the crucial objection to the hypothesis. In this paper I study under which conditions this phenomenon occurs, and discuss its significance for the topics of skepticism, scientific realism, and peer disagreement. (shrink)

This chapter begins with a historical overview of aesthetics and the philosophy of art before turning to a discussion of how the philosophy of art bears upon human culture. It then considers the methods used in attacking problems in aesthetics and the philosophy of art by highlighting the distinctions between pure and applied philosophy, between internal and external perspectives on aesthetic and artistic phenomena, and between first-order and second-order methods. It also examines how aesthetics and the philosophy of art are (...) affected as the arts evolve and as empirical studies of aesthetic and artistic phenomena become well established in the social and behavioural sciences as well as the humanities. (shrink)